AS EGO-HISTÓRIAS E O ESCRITOR DE HOJE

Everton Vinicius de Santa

Resumo


Esta discussão se refere à figura do escritor-autor que agora está também no meio digital, um espaço onde ele pode ser observado por todos de forma permanente. Esse traslado impõe uma série de mudanças na elaboração de uma entidade autoral por parte do escritor, entendido como sendo a pessoa física, o indivíduo que escreve. Então, esse passo ao meio digital consolidou a deslegitimação da figura do autor dos nossos dias. A consequência dessa imersão hipertextual por parte do escritor está sendo sua espetacularização. Assim, nesta sucinta reflexão, trago à tona algumas problemáticas sobre o escritor a partir do conceito de ego-histórias, entendidas aqui como experiências pessoais presentes no texto em primeira pessoa. Para isso, tomo como exemplos duas narrativas: "O espírito da prosa" (2012), de Cristóvão Tezza, e "La parte inventada" (2014), de Rodrigo Fresán. Procuro mostrar como os meios digitais e a cultura midiática favorecem uma reflexão metaliterária sobre a invenção de um "eu-autor" que satisfaz a necessidade de uma autopromoção cujo objetivo é consolidar a imagem do escritor e do autor ao mesmo tempo.


Palavras-chave


Meios digitais; Autoria; Ego-histórias; Espetacularização.

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ISSN 2317-0239 (Eletrônico)

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