Ironia, humor e fingimento literário

Lélia Parreira Duarte

Resumo


A partir da observação da estrutura comunicativa da obra literária, reflete-se sobre a literatura como campo propicio para o fingimento e, portanto, para a ironia e o humor, considerando-se que, na primeira, representam-se vozes narrativas que, impulsionadas pelo desejo de significação, fingem dominar a linguagem; no
segundo, reduplica-se o fingimento e revelam-se as artimanhas de construção textual, em que o jogo literário desvincula-se de questões pragmáticas, explicitando o seu caráter de arte que ludicamente liberta o homem do jugo de sua condição humana.


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