“A minha solidão é tão hedionda quanto a dos outros” – A (im)possibilidade de dar corpo ao passado na novela de Patrícia Reis / "My loneliness is just as hideous as that of others” – The (im)possibility of embodying the past in Patrícia Reis’s novel
Resumo
Palavras-chave: O que nos separa dos outros por um copo de whisky; Patrícia Reis; memória; ironia; morte.
Abstract: Starting from the attempt to decipher the title attributed to Patrícia Reis’s novel – O que nos separa dos outros por um copo de whisky (2014) –, we will try to understand the reasons why a university professor is in Macau, drinking wildly – implicit fact to an uninterrupted narrative in the form of a monologue. In order to fill the emptiness of existence, in the hope of being saved, such a character seeks to recover ghostly images of his past through memorialistic traces that overlap in textual meshes. As a theoretical apparatus in the quest to decipher the enigma about what separates the narrator-character from others, other voices will join ours. When mentioning issues surrounding the death of memory, the antics of irony and humor, we will call on the critical reflections of Lélia Parreira Duarte, in her book Ironia e humor na literatura (2006), and the question of “jumping into the void” will be brought up through the hands of Vladimir Safatle, through O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo (2018).
Keywords: O que nos separa dos outros por um copo de whisky; Patrícia Reis; memory; irony; death.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
ALVES, Ida Ferreira. Fugitivo da catástrofe: a escrita poética de Ruy Belo.
DUARTE, Lélia Parreira. (org.). As máscaras de Perséfone: figurações da morte nas literaturas portuguesas e brasileiras contemporâneas. Belo Horizonte: Editora PUC Minas, 2006. p. 135-150.
AUGÉ, Marc. Não lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Tradução de Maria Lúcia Pereira. 9. ed. Campinas: Papirus, 2012.
BLANCHOT, Maurice. A parte do fogo. Tradução de Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
CHEVALIER, Jean. & GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. 23. ed. Tradução de Vera da Costa e Silva. et al. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Que emoção! Que emoção? Tradução de Cecília Ciscato. São Paulo: Editora 34, 2016.
DUARTE, Lélia Parreira. Ironia e humor na literatura. São Paulo: Alameda, 2006.
FARIA, Maria Lúcia Guimarães de. Vai-se falar da vida de um homem; de cuja morte, portanto: reflexão sobre o ser para a morte em algumas estórias de Guimarães Rosa. In: DUARTE, Lélia Parreira. (org.). A escrita da finitude de Orfeu e de Perséfone. Belo Horizonte: Veredas & Cenários, 2009. p. 181-200.
MONTAIGNE, M. Os Ensaios. São Paulo: Peguin/Companhia das Letras, 2010.
REIS, Patrícia. O que nos separa dos outros por um copo de whisky. Portugal: Dom Quixote, 2014.
SAFATLE, Vladimir. O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. 2. ed. 3. reimpressão. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. 2.ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2016.
DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2359-0076.41.65.103-125
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2021 Carlos Roberto dos Santos Menezes
Revista do Centro de Estudos Portugueses
ISSN 1676-515X (impressa) / ISSN 2359-0076 (eletrônica)
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional