As irmãs que Agustina nunca teve: Florbela Espanca, Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego e Graça Morais/ The Sisters Agustina Never Had: Florbela Espanca, Maria Helena Vieira Da Silva, Paula Rego and Graça Morais

Catherine Dumas

Resumo


Resumo: Pretende-se estudar a forma como a romancista Agustina Bessa-Luís coloca a noção de “irmã” no âmago da sua relação com as obras visuais que acompanha, e as suas artistas Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego e Graça Morais. Para além disso, analisa-se A vida e a obra de Florbela Espanca como o livro em que a biógrafa define os seus critérios deste gênero literário. Pondera-se até que ponto a escritora biógrafa se confunde com a romancista e a crítica de arte num novo conceito de ekfrase que tanto se exercita na página como na tela, sendo a noção de atelier comum às artistas e à escritora.
Palavras-chave: ekphrasis; Maria Helena Vieira da Silva; Paula Rego; Graça Morais; Florbela Espanca.

Abstract: We professto studie the way how the novelist Agustina Bessa-Luís places the notion of “sister” at the center of her relationship with the visual work she accompanies, and the artists Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego and Graça Morais. We analise A vida e a obra de Florbela Espanca as the book where the boiographer defines her standard of this literary gender. We consider whiser the writer biographer gets confused with the novelist and the art critic in a new concept of ekphrasis that exercises itself as well in the page than in the picture, as the atelier notion is shared by the artists and the writer.
Keyword: ekphrasis; Maria Helena Vieira da Silva; Paula Rego; Graça Morais; Florbela Espanca


Palavras-chave


ekphrasis; Maria Helena Vieira da Silva; Paula Rego; Graça Morais; Florbela Espanca.

Texto completo:

PDF

Referências


BESSA-LUÍS, A. A vida e a obra de Flobela Espanca. Lisboa: Editora Arcádia, 1979.

BESSA-LUÍS, A. Longos dias têm cem anos: presença de Vieira da Silva. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1982.

BESSA-LUÍS, A. Mundo fechado. Coimbra: Mensagem, 1948.

BESSA-LUÍS, A. O livro de Agustina. Lisboa: Editora Guerra e Paz, 2002.

BESSA-LUÍS, A.; MORAIS, G. As metamorfoses. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2007.

DAL FARRA, M. L. A Florbela de Agustina. Labirintos: Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos Portugueses, Feira de Santana, n. 1, p. 1-13, 2017.

DOSSE, F. O desafio biográfico, escrever uma vida. São Paulo: Edusp, 2009.

DUMAS, C. As mediações femininas na obra de Agustina Bessa-Luís: repensar o estatuto do artista na nossa contemporaneidade. In: LIMA, I. P. de; LEÃO, I. P. de; FONSECA, L. A. da; ARAÚJO, S. (coord.). Ética e política na obra de A B-L. Porto: Fundação Eng. António de Almeida, 2017. p. 23.

DUMAS, C. Florbela visitada por Agustina: a mulher poeta e os mitos. In: A planície e o abismo. Évora: Vega, 1997. p. 195-204.

GUSDORF, G. Auto-Bio-Graphie – Lignes de vie 2. Paris: Les Éditions Odile Jacob, 1991a.

GUSDORF, G. Les écritures du moi – Lignes de vie 1. Paris: Les Éditions Odile Jacob, 1991b.

LEITE, J. A(s) Florbela(s) de Agustina Bessa-Luís: biografismo, desmistificação e remitificação em Florbela Espanca, a vida e a obra. Veredas: Revista da Associação Internacional de Lusitanistas, n. 34, p. 20-39, jul./dez. 2020.

MENDES, M. do C. Agustina: eco-ética do/no feminino. In: LIMA, I. P. de; LEÃO, I. P. de; FONSECA, L. A. da; ARAÚJO, S. (coord.). Ética e política na obra de A B-L. Porto: Fundação Eng. António de Almeida, 2017. p. 133-150.

REGO, P.; BESSA-LUÍS, A. As meninas. Lisboa: Guerra e Paz, 2014.




DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2359-0076.42.68.21-36

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2023 Catherine Dumas

Revista do Centro de Estudos Portugueses
ISSN 1676-515X (impressa) / ISSN 2359-0076 (eletrônica)

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional

.