Ecos e ruídos de uma máquina preguiçosa: Entre a obra aberta e os limites da interpretação

Leandro Henrique Scarabelot Campos de Pieri

Resumo


Para Umberto Eco todo texto funciona como uma espécie de “máquina preguiçosa” porquanto não pode dizer tudo, e, portanto, exige de seus leitores uma tarefa cooperativa. Ainda segundo o autor, quase que paradoxalmente, uma obra de arte é sempre “aberta” — no sentido de que possibilita se não infinitas, pelo menos inúmeras interpretações — mas também é “fechada” — pois haveriam limites para as interpretações que dela surgem —, afinal, em suas palavras, “dizer que um texto é potencialmente sem fim não significa que todo ato de interpretação possa ter um final feliz.” Ao refletir sobre esta dinâmica entre aberto-e-fechado, Eco segue em busca daquilo que denomina de intentio operis, uma espécie de síntese dialética entre a intentio auctoris e a intentio lectoris. Em confluência com a presente edição, o objetivo deste artigo será retomar/revitalizar algumas das noções que permeiam sua obra, tais como “abertura”, “intentio operis”, “Autor e Leitor-modelo”, tendo em vista que elas fomentam instigantes discussões que concernem tanto à teoria e à crítica literária como também à estética e à filosofia da arte, além de nos auxiliarem tanto na discussão sobre a arte contemporânea.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.23.2.72-87

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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