Jorge Amado em 1941-1942: lampejo biográfico

Marina Siqueira Drey

Resumo


Nos primeiros anos de 1940 Jorge Amado publicou a biografia Vida de Luiz Carlos Prestes, El Caballero de la Esperanza. Na ocasião já carregava a alcunha de “escritor comuna” e precisou se exilar em Buenos Aires para produzir a obra; em 1939 ouviam-se os discursos de Getúlio Vargas em apoio ao Eixo e a perseguição aos militantes do Partido Comunista era contínua e violenta. Em 1941 e 1942, Amado sai do país e divide sua morada entre a Argentina e o Uruguai. Pouco se difundiu a respeito da produção intelectual e do engajamento político desses anos na vida do autor e é sobre tal período que me detenho neste artigo. Mais precisamente, parto da operação de “escovar a história a contrapelo” (BENJAMIN, 2016) para problematizar o corrente discurso biográfico sobre Amado e sugerir um outro rearranjo narrativo com base em um acervo literário, desconhecido até 2012. A proposta se inscreve nos atuais postulados da crítica biográfica, que reconhecem a potencialidade literária desse gênero na intersecção entre fato e ficção, a considerar que “[...] a vida do escritor reverte-se necessariamente em grafia, e a biografia se traduz em literatura” (SOUZA, 2011).


Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.26.2.389-401

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.