Algumas verdades e mentiras sobre os Estudos Clássicos no Brasil

Rafael Guimarães Tavares Silva

Resumo


A constatação de crise na área de Estudos Clássicos tem estado em voga desde meados do século XX (ou mesmo antes), embora essa tendência tenha se radicalizado vertiginosamente nos últimos anos, devido em grande parte aos debates educacionais sobre cultura, política, economia e sociedade, incluindo temas polêmicos interrelacionados, como gênero, raça, classe e sexualidade. Enquanto há quem denuncie a decadência na qualidade do ensino, das pesquisas e das publicações, há também quem critique o conservadorismo de certos pressupostos assumidos por uma área dedicada ao estudo das civilizações antigas que ainda desfrutam do status de “clássicas” em nossa sociedade e que frequentemente se limitam aos gregos e romanos (no masculino). Diante desse quadro, o que pensar sobre os Estudos Clássicos no Brasil? Quem são as pessoas que se dedicam à pesquisa, ao ensino e ao estudo da Antiguidade clássica em nosso país? O que pensam e como avaliam sua área hoje? Partindo de um levantamento de dados ainda inédito — por meio de uma pesquisa de opinião e análises quantitativas de dados —, pretendo esboçar um panorama sobre essas questões a fim de desmistificar algumas impressões, modalizar outras e oferecer balizas mais seguras para quem queira refletir criticamente sobre a área no Brasil de 2021.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.27.2.131-150

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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