Penélope já não espera: a superação do mitema do engano em “Colheita”, de Nélida Piñon

Mariana Marise Fernandes Leite

Resumo


Este artigo analisa o conto “Colheita”, de Nélida Piñon, propondo-o como releitura subversiva do mito de Penélope no que tange à reutilização, no conto, do mitema do engano. Para tal fim, propõe-se que a protagonista do conto, em contraste com a mitológica, se relacione com o mundo desde uma percepção profana, o que a impede de manipular tempo e espaço da mesma forma como a personagem do mito faz a fim de aguardar o retorno do amado e orientada percepção de mundo ligada à existência do sagrado. Embasam esta análise Denise de Carvalho Dumith (2012) e suas considerações sobre o mito de Penélope e sua repetição na literatura, Carlos García Gual (1996) e seus apontamentos sobre a estrutura dos mitos sua releitura na literatura e nos apontamentos de Mircea Eliade (1992) sobre as relações sagrada e profana que o homem estabelece com o mundo.


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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.28.1.236-252

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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