No trivial da ideia: o rural e o urbano no conto brasileiro na Primeira República

Luís Bueno

Resumo


Por meio da análise de dois contos, “Banzo” (1913), de Coelho Neto, e “A Favela que eu vi” (1924), de Benjamim Costallat, este trabalho propõe uma discussão a respeito de um conceito corrente e fundamental na historiografia literária brasileira: o regionalismo. O objetivo é estabelecer que a literatura rural nem sempre está assim tão distante da urbana. Procura-se demonstrar que o problema central de representação literária do regionalismo, ou seja, a distância que existe entre o narrador urbano, letrado, e os personagens rurais, iletrados, também se manifesta claramente entre aquele narrador e os personagens pobres radicados em ambientes urbanos marginais.


Palavras-chave


regionalismo; conto brasileiro; Coelho Neto; Benjamim Costallat.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2358-9787.25.2.47-64

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