A voz de quem morre. O indício e a testemunha em “Meu tio Iauraretê

Ettore Finazzi- Agrò

Resumo


Em “Meu tio o Iauretê” de João Guimarães Rosa temos a vercom a confissão, por parte de um mameluco, da sua metamorfose dehomem em onça. No fim da sua fala ele é morto pelo seu interlocutormudo. A partir deste conto “impossível”, vai ser investigada a relaçãoentre a morte e a linguagem. No texto rosiano, de fato, não descobrimosapenas o parentesco essencial entre a phoné e o lógos que nela se dobra,mas nos aproximamos, sobretudo, do limiar último em que a voz seconfunde com o silêncio, em que o humano reencontra a sua essênciadesumana. Temos a ver, nesse sentido, com aquele que Giorgio Agambendefine como a “testemunha integral”, ou seja, com quem se coloca nolimite insituável entre a vontade de dizer e a sua impossibilidade.

Palavras-chave


Representações da morte; Testemunho; Indícios.

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2358-9787.12.0.24-32

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2006 Ettore Finazzi- Agrò

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira
ISSN 0102-4809 (impressa) / ISSN  2358-9787 (eletrônica)

License

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.