A posição da oração completiva em construções subjetivas: o papel do design visual na dinâmica das construções

Nilza Barrozo Dias, Angelina Maganha Grigorio da Silva

Abstract


Resumo: Neste artigo, investigam-se construções subjetivas de modalização (deôntica e epistêmica) e de avaliação, sob a perspectiva de modelos centrados no uso (BOYLAND, 2009; KEMMER; BARLOW, 1999), especialmente pressupostos da Linguística Centrada no Uso, que, segundo Diessel (2017) e Bybee (2016), apresenta aporte de base Funcionalista e da Linguística Cognitiva. Acrescente-se a contribuição da Gramática do Design Visual na dinâmica da construção subjetiva nos memes/postagens. As construções subjetivas são denominadas de construções subjetivas deônticas, subjetivas epistêmicas e subjetivas avaliativas, constituídas sintaticamente por oração matriz seguida da oração completiva subjetiva. A partir de 214 dados de uso coletados do site da rede social Facebook, observamos que a motivação discursiva determina a ordem da oração subjetiva avaliativa em relação à sua matriz, já que a topicalização da subjetiva na construção subjetiva avaliativa apresenta resultados bastante expressivos. Contrariamente, a construção subjetiva epistêmica preza pela posposição categórica da oração completiva. A oração matriz pode ser vista como um chunking, uma unidade sequencial que projeta impessoalização; a esquematização da categoria apresenta um slot que se realiza como adjetivo, sendo a construção parcialmente esquemática porque o adjetivo que preenche o slot varia entre os avaliativos, os deônticos e os epistêmicos. Do ponto de vista textual-discursivo a construção subjetiva funciona como uma “ilha” de valor impessoal, genérico, que é cercada por informações pessoais e experiências pessoais.

Palavras-chave: construção subjetiva; modalidade e avaliatividade; uso linguístico; Gramática do Design Visual.


Abstract: In this article, subjective constructions of modalization (deontic and epistemic) and of evaluation are investigated, from the perspective of Use Centered Linguistics (BOYLAND, 2009; KEMMER; BARLOW, 1999), which, according to Diessel (2017) and Bybee (2016), presents Functionalist and Cognitive Linguistics contribution. Add to that the contribution of the Grammar of Visual Design in the dynamics of subjective construction in memes/posts. The subjective constructions are called deontic subjective constructions, epistemic subjective and evaluative subjective constructions, syntactically constituted by matrix clause followed by subjective complement clause. From 214 usage data collected from the Facebook social network site, we observed that discursive motivation determines the order of the subjective evaluative clause in relation to its matrix, since the topicalization of the subjective in the subjective evaluative construction presents very expressive results. On the contrary, the subjective epistemic construction values the categorical postposition of the complete clause. The matrix clause can be seen as a chunking, a sequential unit that projects impersonalization; the schematization of the category presents a slot that takes place as an adjective, the construction being partially schematic because the adjective that fills the slot varies between evaluative, deontic and epistemic. From a textual-discursive point of view, the subjective construction works as an “island” of impersonal, generic value, which is surrounded by personal information and personal experiences.

Keywords: subjective construction; modalization and evaluation; linguistic use; Grammar of Visual Design.


Keywords


construção subjetiva; modalidade e avaliatividade; uso linguístico; Gramática do Design Visual; subjective construction; modalization and evaluation; linguistic use; Grammar of Visual Design.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.30.2.871-905

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