Redes Sociais e Reelaborações de Gêneros

Julio Araujo, Sayonara Melo Costa

Resumo


Minha fala é um recorte que faço do Projeto REGE (Reelaboração de gêneros em redes sociais) em desenvolvimento no grupo Hiperged, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL), da UFC, em parceria com pesquisadores de outras universidades. Nesta pesquisa, buscamos responder às seguintes questões: 1) Qual a natureza dos gêneros mais recorrentes na organização das práticas discursivas das redes sociais Twitter e Facebook? 2) Considerando que são gêneros ainda em estado de emergência, como caracterizá-los quanto aos seus processos de reelaboração? 3) Que metodologias podem dar conta dessa análise? A  base teórica do trabalho procede da teoria de gêneros de Bakhtin (2000), passando pela releitura que Costa (2010) faz da subcategorização do conceito de transmutação proposto por Zavam (2009). O objetivo é o de descrever os gêneros que organizam as práticas discursivas nas redes sociais Twitter e Facebook, considerando o  continuum entre a estandardização e a emergência que caracteriza o fenômeno de reelaboração criadora de gêneros. Para a análise, utilizamos 70 mensagens do Facebook e 70 do Twitter, coletadas entre os meses de Agosto de 2011 e Maio de 2012. Os dados permitem a conclusão de que, da dinâmica de valores que rege as interações ambientadas nas redes sociais, mais especificamente Twitter e Facebook, emerge a necessidade, por parte dos usuários, de complexificar suas postagens, atraindo para elas maior audiência e propagação. Para dar conta desse objetivo, os atores sociais mobilizam práticas discursivas materializadas na manipulação de diferentes padrões genéricos. Esse contexto de constante modificação e investimento nas práticas de linguagem confere a essas duas redes sociais um absortivo movimento de efervescência de novos gêneros, através do processo de reelaboração criadora que transita entre a estandardização e a emergência.

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Palavras-chave


Universidade; EAD; Internet

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