Estudo comparativo do sufixo –aría/–ería nas línguas galega e asturiana em contraste com a língua portuguesa

Valéria Gil Condé

Resumo


Resumo: Este artigo pretende analisar comparativamente o sufixo –aría/–ería nas línguas galega e asturiana em contraste com a língua portuguesa. Com base nos estudos propostos pelo Grupo de Pesquisa intitulado Morfologia Histórica do Português da Universidade de São Paulo (www.usp.br/gmhp), demonstraremos que o referido sufixo apresenta as mesmas significações semânticas em ambas as línguas, preservando, dessa forma, a unidade românica. Em um segundo momento, procuraremos inserir o sufixo no contexto hispânico com o propósito de verificar a interferência da língua castelhana. Do ponto de vista político, o galego encontra-se em condição de cooficial em relação ao castelhano, o que não se verifica nas Astúrias, pois a língua asturiana não é considerada língua oficial pelo Estatuto de Autonomia, fato que favorece o castelhano, que se mantém como língua soberana.
Palavras-chave: Linguística românica; morfologia; derivação; línguas iberorromânicas. 

Resumen: Este artículo tiene la pretensión de establecer un análisis comparativo de los sufijos –aría/–ería entre las lenguas gallega y asturiana  en contraste con la lengua portuguesa. Con base en los estudios propuestos por el Grupo de Investigación nombrado Morfologia Histórica do Português de la Universidad de São Paulo (www.usp.br/ gmhp), demostraremos que dicho sufijo presenta las mismas significaciones semánticas en ambas lenguas, conservando de esa forma la unidad románica. En segundo lugar, buscaremos insertar el sufijo en el contexto hispánico con el fin de verificar la interferencia de la lengua castellana. Desde un punto de vista político, el gallego se encuentra en condición de co-oficialidad, respecto al castellano, lo cual no se verifica en Asturias, pues a la lengua asturiana no se considera como oficial en el Estatuto de Autonomía, hecho que le favorece al castellano, que se mantiene como lengua soberana.
Palabras-clave: Linguística románica; morfología; derivación; lenguas iberorrománicas.  

Keywords: Romance linguistics; morphology; derivation; iberoromance languages.


Texto completo:

PDF

Referências


ACADEMIA DE LA LLINGUA ASTURIANA. Gramática de la llingua asturiana. Oviedo: Academia de la llingua asturiana, 2001.

ÁLVAREZ, R.; REGUEIRA, X. L.; MONTEAGUDO, H. Gramática galega. Vigo: Galáxia, 1995.

CHAMBERS, J.K.; TRUDGILL, P. Dialectology. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

CUESTA, P. V.; LUZ, M. A. M. da. Gramática da língua portuguesa. Lisboa: Edições 70, 1989.

CUNHA, A. G. da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

CUNHA, C. F. da; CINTRA, L. F. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

GONZÁLEZ GONZÁLEZ, M. et al. (Dir.). Mapa sociolingüístico de Galicia 2004. A Corunha: Real Academia Galega/Seminário de Sociolingüística, 2007.

HOLTUS, G.; METZELTIN, M.; SCHIMIT. C. (Org.). Lexikon der romanistischen Linguistik. Tübingen: Max Niemeyer Verlag, 1994.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

LAUSBERG, H. Lingüística românica. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1981.

LEVY, E. Petit dictionaire provençal-français. Heildelberg: Carl Winter Universitätsverlag, 1973.

MARTIN, G.; MOULIN, B. Grammaire provençale et cartes linguistiques. Aix-en Provence: Comitat Sestian d’ Estudis Occitans C.R.E.O, 1998.

MAURER JR., T. H. Gramática do latim vulgar. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1959.

MONTEAGUDO, H. História social da língua galega. Vigo: Galaxia, 1999.

RAMÓN LORENZO, R. A Lingua Galega, história e actualidade. In: ACTAS DO I CONGRESO INTERNACIONAL. Santiago de Compostela: Consello da Cutura Galega/Instituto da Lingua Galega, 2004. p. 27-153.

REAL ACADEMIA GALEGA. Diccionario da Real Academia Galega. Vigo: Galaxia, 1997.

REAL ACADEMIA GALEGA. Normas ortográficas e morfolóxicas do idioma galego. Vigo: Real Academia Galega/Instituto da Língua Galega, 1996.

REAL ACADEMIA GALEGA. Normas ortográficas e morfolóxicas do idioma galego. Santiago de Compostela: Xunta de Galicia, 2005.

RIO-TORTO, G. M. Morfologia derivacional. Teoria e aplicação ao português. Porto: Porto Editora, 1998.

SAID ALI, M. Formação de palavras e syntaxe do português histórico. São Paulo: Melhoramentos, 1923.

TEKAVCIC, P. Grammatica storica dell’italiano. Bologna: Il Mulino, 1972.

VÄÄNÄNEN, V. Introducción al latín vulgar. Madrid: Gredos, 2003.

VASCONCELOS, J. L. de. Opúsculos. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1929. v. IV, parte II.

WILLIAMS, E. B. Do latim ao português. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.

ZAMORA VICENTE, Alonso. Dialectología española. Madrid: Gredos, 1960.

Site: http://www.academiadelallingua.com/diccionariu. Acesso em: 16 jan. 2009.




DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2238-3824.14.0.35-50

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2009 Valéria Gil Condé