Machado de Assis entre o jornal e o livro

Sílvia Maria Azevedo

Resumo


Tendo em vista o projeto de formação do leitor nos contos publicadosentre 1860-1877, serão apontadas as tensões entre um programa crítico quepressupõe a formação de um leitor ideal para a literatura e o fato de, nessamesma época, o jovem Machado colocar em xeque tal programa ao escrevercontos moralizantes e de matriz folhetinesca, enquanto colaborador do Jornaldas Famílias (1863-1878). É só quando Machado seleciona os contos queirão integrar as duas coletâneas iniciais – Contos fluminenses (1870) eHistórias da meia-noite (1973) – que é possível perceber a operação analíticovalorativade O ideal do crítico (1865) em atuação, tendo em vista o programade formação do escritor e do público para a literatura. É nesse contexto que sedá a reescritura de contos do jornal para o livro, como é o caso de “O relógiode ouro” ou mesmo a inclusão de contos concebidos apenas para a edição emlivro, a exemplo de “Miss Dollar”, que abre estrategicamente a coletânea deContos fluminenses com um endereço certeiro: o(a) leitor(a).

Palavras-chave


Machado de Assis; Leitor; Reescritura

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2358-9787.16.0.167-177

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O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira
ISSN 0102-4809 (impressa) / ISSN  2358-9787 (eletrônica)

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