Faces do realismo no retrato da Amazônia brasileira

Tereza Furtado

Resumo


O texto analisa o papel do escritor marajoara Dalcídio Jurandir
(1909-1979) na construção de uma série romanesca, que retrata a Amazônia brasileira, rasurando o conceito tradicional de realismo: aquele que insiste na objetividade e na fidelidade da cópia. Parte-se da recusa do autor em aceitar, como técnica, o resultado do que ele chama de autor com uma kodac na mão e vai-se demonstrando como ele sedimenta, pouco a pouco, nos romances do ciclo do Extremo Norte, publicados entre 1941 e 1978, técnicas que contrariam essa fotografia do real, trazendo à tona uma Amazônia de heróis fracassados, mas enfocados a partir de suas subjetividades. Discute-se o lugar de Dalcídio Jurandir na literatura brasileira. No início de seu percurso, entre os rapsodos Mário de Andrade e Guimarães Rosa, também próximo de Graciliano e José de Lins do Rego; no final, entre os que resistiram ao naturalismo mero reprodutor da violência do sistema.


Palavras-chave


Dalcídio Jurandir, realismo, Amazônia brasileira

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2358-9787.24.2.85-103

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O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira
ISSN 0102-4809 (impressa) / ISSN  2358-9787 (eletrônica)

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