A aceitabilidade da anáfora logofórica em português brasileiro / The acceptability of logophoric anaphor in Brazilian Portuguese

Flávia Gonçalves Calaça Souza, Rosana Costa Oliveira, Judithe Genuíno Henrique

Abstract


Resumo: Este trabalho buscou investigar se as estruturas logofóricas são aceitáveis ou não para os falantes do português brasileiro (PB). Diversas abordagens sintáticas e semânticas têm sido usadas para explicar a logoforicidade, e uma forte discussão teórica é sobre qual tipo de abordagem melhor dá conta do fenômeno. Autores como Reinhart e Reuland (1993) apontam que a anáfora logofórica existe separadamente das anáforas sintáticas na Gramática Universal. As anáforas sintáticas são guiadas por fatores sintáticos como localidade e c-comando. Já a logófora pode ou não observar essas condições sintáticas. Esses estudos também demonstram que, nos casos em que há logoforicidade, a anáfora e o pronome são intercambiáveis, ou seja, tanto um quanto o outro podem ser usados na mesma posição na frase. Com base nesses pressupostos teóricos, examinamos a aceitabilidade de construções logofóricas em PB com a finalidade de saber se elas estão presentes na gramática dos falantes dessa língua. Foi realizado um experimento off-line de julgamento de aceitabilidade, visto que, segundo Gibson e Fedorenko (2013), a intuição do linguista não é suficiente para averiguar tal aceitabilidade. O presente experimento mostrou que a anáfora logofórica é licenciada em PB, o que aponta que os sujeitos veem a anáfora logofórica e o pronome logofórico como diferentes. Não houve resultado significativo para o pronome, o que não nos permite apontar que não são licenciados em PB.

Palavras-chave: julgamento de aceitabilidade; logoforicidade; anáfora; pronome.

Abstract: This study sought to investigate whether these structures are acceptable or not for the speakers of Brazilian Portuguese. Both syntactic and semantic approaches have been used to explain the logophoricity and a strong theoretical discussion is about what kind of best approach to account for the phenomenon. Much of the literature on the subject Reinhart and Reuland (1993) points out that logophoric anaphora exists separately from syntactic anaphora in Universal Grammar. The syntactic anaphora is guided by syntactic factors such as location and c-command. Already logophor may or may not notice these syntactic conditions. These studies also demonstrate that where there logophoricity, the pronoun and anaphora are interchangeable, so, either one or the other can be used in the same position in the sentence. Based on these theoretical assumptions, we examine the acceptability of logophorics buildings in PB in order to know if they are present in the grammar of the speakers of that language. An offline experiment judgment of acceptability since that according to Gibson and Fedorenko (2013) the linguistics intuition is not enough to verify such acceptability. The following experiment showed the results were significant for logophoric anaphora, which shows that a degree I anaphora and logophoric pronoun as different. There was no significant result for the pronoun, which does not allow us to point out that are not licensed in PB.

Keywords: judgment of acceptability; logophoricity; anaphora; pronoun.


Keywords


judgment of acceptability; logophoricity; anaphora; pronoun.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.25.3.1255-1290

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