Particípios passados rizotônicos românicos: um estudo contrastivo entre italiano, espanhol e português

César Nardelli Cambraia, Guilherme Henrique Ribeiro Costa

Resumo


Este estudo teve como objetivo geral analisar os particípios passados rizotônicos no italiano, no espanhol e no português, a fim de identificar as suas diferenças. Adotou-se como fundamentação teórica a concepção de analogia apresentada por Bynon (1993) e como metodologia a análise de um corpus formado por 247 itens obtidos mediante comparação entre as línguas românicas em questão. Testaram-se duas hipóteses: a primeira era a de que os particípios passados rizotônicos no italiano estariam predominantemente na 2ª conjugação, diferentemente do espanhol e do português, o que foi confirmado pelos dados; e a segunda era a de que os particípios passados rizotônicos românicos da 1ª conjugação seriam predominantemente inovações românicas, o que também foi confirmado pelos dados. Verificou-se, ainda, que as principais fontes dos particípios passados rizotônicos nas línguas românicas estudadas são: herança de particípios rizotônicos latinos; incorporação de adjetivos latinos; mudanças analógicas e criações analógicas.


Palavras-chave


linguística românica; morfologia; verbo; particípio passado; língua portuguesa; língua espanhola; língua italiana.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2238-3824.23.2.7-40

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