As línguas românicas do/no Magrebe: percurso histórico e presença contemporânea

Francisco Javier Calvo del Olmo

Resumo


Este artigo propõe-se reunir e examinar elementos que permitam traçar o percurso histórico das línguas românicas no Magrebe. Desde uma abordagem interdisciplinar, apresentam-se as comunidades latinizadas durante a dominação romana, os contatos linguísticos que produziram a Língua Franca mediterrânea no período medieval, as minorias de mouriscos e sefardim procedentes da Península Ibérica estabelecidas no norte da África nos séculos XIV e XV, o processo da colonização francesa nos séc. XIX e XX e o mosaico linguístico das últimas décadas, após a independência. Dessa forma, identificam-se os componentes linguísticos latinos e românicos, cindidos e descontínuos, constitutivos do Magrebe enquanto espaço geográfico, cultural e humano.   

This paper aims to gather and examine some elements to draw the historical course of the Romance languages in the Maghreb. It employs an interdisciplinary approach to present the Latinized communities during Roman domination, language contacts that produced the Mediterranean Lingua Franca during Middle Age, Moorish and Sephardic minorities settled in fifteenth and sixteenth centuries, the process of French colonization in nineteenth and twentieth centuries and the linguistic mosaic of last decades, after national independences. This itinerary permits to pinpoint a linguistic Latin-Romance component, fragmented and discontinuous, constitutive of the Maghreb as a geographic, cultural and human space.


Palavras-chave


Magrebe; línguas românicas; contato linguístico; Maghreb; Romance languages; linguistic contact

Texto completo:

PDF

Referências


ALVAR, M. El ladino, judeo-español calco. Madrid: Real Academia de Historia, 2000.

AZOUZI, A. Le français au Maghreb: statut ambivalent d’une langue. Synergies Europe, Paris, n. 3, p. 37-50, 2008.

Badia i Margarit, A. Génesis de la Romania y genio de la romanística. In: Gargallo, E; Bastardas, M. (Org.). Manual de lingüística románica. Barcelona: Ariel, 2007. p. 27-29.

Benzakour, F.; Gaadi, D; Queffélec, A. Le français au Maroc: lexique et contacts de langues. Bruxelas: AUPELF UREF, 2000.

BOURAS, K. La literatura aljamiada. Aproximación general. In: DIEZ PLAZA. C. et al. (Org.) Actas del I Taller de Literaturas Hispánicas y E/LE. Orã: Instituto Cervantes, 2009. p. 74-88.

BOURDIEU, P. Sociologie de l’Algerie. Paris: Quadrige, 2012.

COUTO, H. A língua franca mediterrânea: histórico, textos e interpretação. Brasília: Plano, 2002.

Dell’Enciclopedia italiana Treccani, 2005. Disponível em: http://www.treccani.it/enciclopedia/ifriqiyya_(Federiciana). Acesso em: 12 jan. 2015.

Epalza, M; Slama-Gafsi, A. El español hablado en Túnez por los moriscos (siglos XVII-XVIII). València: Publicacions de la Universitat de València, 2010.

FANCIULLO, F. Un capitolo della Romania submersa: il latino africano. In: KREMER, D. (Org.). Actes du XVIIIe Congrès Internationalde Linguistique et Philologie Romanes. Trier: Université de Trèves, 1986. p. 162-187.

FANON, F. Los condenados de la tierra. México: Fondo de Cultura Económica, 1963.

Hagège, C. Halte à la mort des langues. Paris: Odile Jacob, 2000.

Huchon, M. Histoire de la langue française. Paris: Le livre de Poche, 2002.

POSNER, R. Las lenguas romances. Madrid: Cátedra, 1998.

RENZI, L. Introducción a la filología románica. Madrid: Gredos, 1982.

TAGLIAVINI, C. Orígenes de las lenguas neolatinas: introducción a la filología romance. Madrid: Fondo de Cultura Económica, 1993.




DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2238-3824.20.2.35-52

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2016 Francisco Javier Calvo del Olmo