As rosas: fluxo, ciclo e dualidade em Orides Fontela

Fernando Ulisses Mendonça Serafim

Resumo


Este artigo se propõe a refletir sobre o modo como o tempo e suas feições são exploradas na poesia da escritora brasileira Orides Fontela (1940-1998). Às vezes posicionado como uma estratégia de compreensão do efêmero, às vezes mobilizado na forma de uma representação do etéreo, às vezes somando essas duas contingências, seu discurso poético não raro subverte a própria estrutura da poesia e do tempo poético, o que torna o questionamento temporal uma marca perene de sua escrita. A compreensão dessas circunstâncias envolve também certas noções filosóficas de tempo em seus desdobramentos mais sensíveis, o que é explicado pela formação da autora nessa área. Para demonstrar essas noções, empregamos como parâmetro de nossa análise alguns elementos muito frequentes em sua poesia, e, como símbolo privilegiado de tais concepções, a figura da rosa, da rosácea e das flores.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.24.3.161-176

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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