O movimento anacrônico da personagem Claudia na cena teatral de O Deszerto
Resumo
O presente trabalho utiliza a definição de anacronismo, empregada pelo filósofo francês Didi-Huberman em Diante do tempo (2011), para discutir a questão dos tempos implicados pela imagem na cena teatral. A utilização da palavra “movimento” funcionou como uma tentativa de enfatizá-la no contexto do teatro. Um movimento do anacronismo, portanto, que se apresente também no campo do visível, como acontecimento, extrapolando o campo das ideias. Para melhor aplicação da proposta, esta investigação centrou-se em torno da personagem “imagem-malícia” (DIDI-HUBERMAN, 2005) Claudia, retirada do espetáculo O Deszerto (2016), de autoria do grupo Mulheres Míticas. Essa personagem, que desencadeia uma reunião de tempos expressos por imagens literárias e plásticas (ROJO, 2016) que se formam dos dispositivos utilizados na cena, possibilitou pensar como esses conflitos temporais permitiriam que épocas fossem revisitadas, e se eles poderiam interferir nos modos de fazer dos sujeitos, com a proposta de ressignificar a história e “renovar o pensamento” (DIDI-HUBERMAN, 2012).
PALAVRAS-CHAVE: anacronismo; política; imagem; memória.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.24.1.108-122
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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)
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