Setenta, de Henrique Schneider: tortura, trauma e transformações no texto ficcional

Jeferson de Moraes Jacques

Resumo


A história brasileira é permeada pela violência desde seu início. A segunda década do século XXI, no Brasil, carrega como marca a presença de políticos e formadores de opinião com discursos que frequentemente referenciam e até fazem homenagens ao período da ditadura militar e a alguns de seus representantes. Isso divide a população: alguns são favoráveis, outros, notavelmente a classe artística, são contra, o que motivou produções artísticas diversas sobre este período. O romance Setenta, de Henrique Schneider, cujo texto original foi vencedor do Prêmio Paraná de Literatura em 2017, apresenta o protagonista Raul, que, em meio à efervescência do patriotismo motivado pela Copa de 1970, é um dedicado bancário, retrato fiel do cidadão brasileiro indiferente à política, o que lhe trará uma terrível experiência traumática que se distancia, mas está presente e deixa marcas até mesmo na forma dos escritos literários que falam sobre este período.


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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.26.2.149-164

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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