Alteridade e Violência em Kindred

José Ailson Lemos de Souza

Resumo


Neste trabalho, analisamos as relações entre alteridade e violência em Kindred (2003), de Octavia Butler. Parte-se da premissa de que é a partir dessas relações que a narradora se defronta com a própria identidade (mulher e negra), problematizada a partir do lugar que ocupa. Ao mesclar elementos de ficção científica com narrativas de escravidão, o romance oferece uma visão aterradora e intolerável das falhas no reconhecimento do outro. Antes da análise, apresentamos breves considerações sobre alteridade e afeto a partir da discussão presente em Susan Ruddick (2010) e Judith Butler (2015). No passado, um aparato de dominação de um grupo de pessoas sobre outro foi estabelecido a partir, principalmente, do preconceito racial. No presente, diferenças de gênero, sexo e raça ainda são manipuladas em prol de relações de dominação. Ao percorrer as duas dimensões temporais, a protagonista de Kindred (2003) enfrenta e interage com as dificuldades de ser o outro.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.23.3.12-25

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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