Formas da crise: a prosa, o prosaico, o poema, o poético, o jornal

Francine Fernandes Weiss Ricieri

Resumo


No caso de escritores como Pedro Kilkerry e Cruz e Sousa (poetas que eram também prosadores),  uma crise específica parece digna de exame: a eventual possibilidade de conciliação entre um projeto de escrita poética usualmente descrito como hermético (a poesia simbolista) e um ambíguo movimento rumo ao público, sinalizado pela atuação jornalística (mas não a ela restrito), com frequência desdobrado em uma prosa que oscila entre a duplicação do tom elevado dos versos e um tom baixo ou rebaixado, em geral aproximado à crônica.  O embaralhamento entre o que seria da ordem do prosaico e o que seria da ordem do poético, nesse momento histórico  específico, com incursão por questões teóricas mais recentemente propostas, levaria também à discussão da possibilidade de algum trânsito entre dois ideais de escrita (“alto” e “baixo”), para além do que fica implicado no conceito de poema em prosa. Para examinar esse cruzamento de problemas, recuperam-se textos escritos em prosa (e em verso) em que se formulam imagens da criação poética, com tensionamento dos deslizamentos enunciados.

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.25.1.106-125

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.