Fedro sem esperança: leitura das fábulas III, XVIII e V, VI

Marcelo Rocha Brugger

Resumo


Caio Júlio Fedro (séc. I d.C.) importou para a literatura latina a matéria (materiam) do fabulista grego Esopo e, no processo de imitatio, inovou na forma ao empregar o senário jâmbico (versibus senariis) em textos fabulares. Como aponta Noejgaard (1963), o poeta também foi original na moralização das fábulas, retirando o tom otimista de Esopo e apresentando, em seus escritos, o esquema de opressão e injustiça da sociedade romana, além de desestimular, em um movimento quase antagônico, qualquer atuação para uma mudança, “revolução” ou harmonia social. Neste trabalho, apoiados nessa perspectiva, mostraremos, com especial atenção às fábulas III, XVIII (Pauo ad Iunonem de voce sua) e V, VI (Calvi et quidam pilis defectus), que Fedro também representou negativamente a esperança (spes) em sua obra. Para isso, faremos um brevíssimo resumo da condição social e política do autor em seu tempo.


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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.27.1.%25p

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Em Tese
ISSN 1415-594X (impressa) / ISSN 1982-0739 (eletrônica)


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