Machado de Assis, crítico da imprensa sensacionalista

Marcos Fabrício Lopes da Silva

Resumo


O contexto que cerca a temática deste artigo é marcado pelo debate a
respeito da corresponsabilidade da imprensa sensacionalista na
promoção de eventos desintegradores das relações sociais, tais como: a
banalização da violência, a produção do medo coletivo e a reprodução
da desigualdade no campo simbólico administrado pelos meios de
comunicação. Busco neste estudo destacar e analisar, em um conjunto
de crônicas publicadas na Gazeta de Notícias, a atuação de Machado de
Assis como crítico da imprensa sensacionalista. Para o cronista, o
sensacionalismo atuou como princípio editorial de forma acentuada na
imprensa brasileira a partir dos anos oitenta do século 19. Machado
percebeu com perspicácia que o sensacionalismo, enquanto agente da
“banalização do mal”, representava não só o grau mais radical de
mercantilização da informação, mas principalmente a válvula de escape
de nossa “pulsão de morte”, compreendida como fenômeno obscuro e
curioso da psicologia coletiva.

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DOI: http://dx.doi.org/10.17851/1982-0739.13.0.70-76

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